Previsão de forte onda de calor ameaça Jogos Olímpicos de Paris 2024
Divulgação Paris 2024Por Galaticos Online
Publicado em 03/02/2024, às 15h00Os organizadores dos Jogos de 2024 , 26 de julho a 11 de agosto e Paralimpíadas, que começam no fim de agosto, dizem estar "completamente conscientes" dos riscos climáticos.
Estão sendo realizadas simulações para analisar a possibilidade de transferir eventos ao ar livre para horários antes ou depois do meio-dia, para evitar o calor excessivo em competições como maratonas, tênis ou vôlei de praia.
"As ondas de calor e eventos climáticos extremos são fatores que levamos em consideração e para os quais estamos nos preparando ao máximo", disse um porta-voz à AFP.
Uma pesquisa publicada em dezembro na revista Npj Climate and Atmospheric Science analisou o risco de uma onda de calor de duas semanas que poderia superar o recorde histórico registrado em 2003 na capital francesa.
"O clima mudou em 20 anos e a ideia é alertar os responsáveis de que pode acontecer algo até mesmo pior que em 2003", declarou à AFP o principal autor do estudo, Pascal Yiou.
"No século XX não era possível bater este recorde, mas agora não só podemos igualá-lo, como superá-lo com uma probabilidade realmente bastante alta", acrescentou.
Outro ponto de preocupação é a Vila Olímpica, no norte de Paris, que foi construída sem ar condicionado como parte dos esforços para estabelecer novos padrões ambientais para esta edição.
Os blocos de apartamentos possuem sistemas de resfriamento geotérmico natural, além de persianas, áreas arborizadas e ventilação natural. Estas condições garantem uma temperatura interior pelo menos 6ºC inferior à do lado externo, o que alguns países participantes consideram insuficiente.
Como solução, os organizadores franceses passaram a oferecer ar condicionados portáteis às delegações visitantes.
Muitos atletas estão se adaptando à mudança climática, realizando mais treinos em climas quentes, seja em acampamentos no exterior ou em locais especiais em que se pode aumentar artificialmente a temperatura e a umidade.
O presidente da World Athletics, Sebastian Coe, alertou que o "novo normal" será competir em "condições climáticas realmente difíceis".