Campeã Olímpica e dona de 12 medalhas está liderando equipe em hospital na luta contra o Covid-19

Campeã Olímpica e dona de 12 medalhas está liderando equipe em hospital na luta contra o Covid-19

Getty Images - Reprodução

Por Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline)

Publicado em 04/04/2020, às 14h00

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A carreira de Jenny Thompson foi marcada por grandes vitórias dentro das piscinas. Ao todo, foram 12 medalhas olímpicas conquistadas na carreira da ex-nadadora (8 ouros, 3 pratas e 1 bronze), mas ela tem encontrado o maior desafio de sua vida anos depois de sua aposentadoria. Ela é formada em anestesiologia, trabalha diariamente em um hospital em Charleston, na Carolina do Sul, ajudando também na luta contra o novo coronavírus.

Há duas semanas, Thompson relatou a amigos próximos sua preocupação com a situação em seu hospital, uma vez que sentia que o local não tinha os melhores equipamentos de proteção para ela e sua equipe no combate ao coronavírus. Segundo NBC, rede de TV dos Estados Unidos, suas ex-companheiras de piscina Gabrielle Rose e Lea Maurer se mobilizaram para conseguir doações e arrecadaram mais de US$ 9 mil (cerca de R$ 50 mil).

Jenny Thompson pediu que a arrecadação fosse destinada a uma unidade de Nova York e que novos esforços fossem feitos para a compra de equipamentos na cidade mais afetada dos Estados Unidos pela pandemia.

"Nós temos dado sorte (na Carolina do Sul). Me sinto com sorte. Nós definitivamente estamos em um lugar onde tomamos conta de vários pacientes com a Covid-19, mas ainda não estamos nesse nível (de Nova York). Eu nunca me inscrevi na medicina para ficar doente ou potencialmente morrer no trabalho. Sempre imaginei que teria proteção e ajuda necessária para fazer meu trabalho. Essa está sendo uma grande luta em todo o país", disse a ex-nadadora à NBC.

A preocupação de Jenny Thompson é com o fato de ela estar na linha de frente de seu hospital. Ela e sua equipe, de cerca de 40 pessoas, cuidam das anestesias dos pacientes e fazem as intubações. Com isso, ela está exposta a um enorme risco de contágio e, com isso, precisa de todos os equipamentos de proteção, como máscaras, luvas e roupas especiais, materiais em falta em vários países.

"Nós temos pacientes com a Covid-19 aqui, mas não tivemos um surto grave como em algumas outras cidades. Consideramos um risco potencial todos os pacientes que damos anestesia geral e intubamos. Como prestadores de anestesia e pessoas que intubam as vias aéreas, estamos na linha de frente. Temos um risco muito maior de adoecer sem a proteção correta", completou.


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