Comitê Olímpico Brasileiro cria manual visando retorno das atividades esportivas

Comitê Olímpico Brasileiro cria manual visando retorno das atividades esportivas

Fabio Teixeira / Folhapress - Divulgação / COB

Por Redação Galáticos Online (Twitter - @galaticosonline)

Publicado em 30/05/2020, às 11h00

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Com o Centro de Treinamento do Time Brasil fechado desde março, devido à pandemia, o COB prega cautela e prepara um protocolo para o retorno dos treinos de alto rendimento no CT, que fica localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

"Os treinamentos vão voltar, prioritariamente, com atividades individuais, sejam para esportes individuais ou coletivos. Obviamente, se tem uma tendência de que nos esportes individuais se consiga uma possibilidade de gerar mais segurança ao praticante e ao entorno. As competições esportivas onde o distanciamento entre os adversários é maior também permitirão normas de segurança que possibilitarão o retorno mais breve. Imagino que os esportes coletivos tenham um pouco mais de necessidade de controle para que isso venha a ocorrer", falou o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara.

Seguir as orientações do órgão de saúde é algo fundamental para ele:  "Os governos é que definirão, através das análises que estão sendo feitas, da estagnação ou não da curva e dos parâmetros estabelecidos de qual o momento de reinício das atividades esportivas de rendimento, sejam para treinamentos e, mais para frente, de eventos", falou. A reabertura do CT depende da liberação da prefeitura da cidade.

Ainda que a liberação ocorra, o COB pretende reabrir o Centro de Treinamento de maneira gradual: "A utilização do CT será adequada às normas de convívio social e profissional determinadas através das orientações técnicas dos órgãos de saúde pública e seus conselhos. Para isso, o COB está desenvolvendo um manual e um protocolo específicos para o seu centro de treinamento, possibilitando seu retorno progressivo e em fases, inicialmente com um grupo pequeno de atletas, que de acordo com as autorizações e liberações dos órgãos de saúde pública poderão ir aumentando de tamanho", alerta.

Bichara ainda reforça que os atletas de combate sofrerão um prejuízo maior neste momento, porque o contato mais próximo ainda deve ser evitado.

"Deve-se avaliar pelo risco de contágio e os procedimentos que estão sendo adotados. Fazendo uma gestão destes riscos, identificando quais são suas maiores incidências, propondo estratégias de controle e apresentando e validando isso aos órgãos de saúde, você tem a possibilidade de retornar mais rapidamente à prática esportiva", disse.

O esporte de alto rendimento está parado no Brasil, desde que a pandemia começou, e o adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021 deu uma certa tranquilidade para os atletas, que poderão ter um ano a mais para se prepararem. Para Bichara, o trabalho agora é voltado para replanejar o retorno da preparação.

"Isso envolve a prática do esporte em si e uma série de serviços esportivos que o atleta tem de fazer. Ele tem necessidade de trabalhar a sua prática esportiva, mas além disso ele recebe serviços que compõem o conceito mais amplo do que é um treinamento esportivo de alto rendimento. Ou seja, fisioterapia, serviços médicos, preparação mental, análises biomecânicas, controle bioquímico, todas as ciências e atividades de controle de saúde que são necessárias para você considerar que você está realizando um trabalho no alto rendimento. Então isso é o necessário para você competir nos Jogos Olímpicos. O adiamento dos Jogos nos deu uma garantia de que os atletas e os profissionais do esporte que os acompanham não seriam expostos às situações de riscos", disse.


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