Fonte Nova foi usada para lavagem de ativos, diz MPF ao pedir prisão de ex-OAS
Por Redação Bocão News | Fotos: Roberto Viana/Arquivo/Bocão News
Publicado em 06/09/2016, às 10h30O Ministério Público Federal (MPF) citou, ao pedir a prisão do empreiteiro Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, irregularidades no contrato da Arena Fonte Nova, em Salvador. O ex-executivo foi preso nesta segunda-feira (5) na Operação Greenfield, que apurava irregularidades em fundos de pensão. No entanto, Pinheiro já havia sido preso por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
"Há fortes indicativos de que a OAS não apenas praticou crimes e lavou recursos oriundos da Petrobras, mas também recursos decorrentes de outras obras públicas para as quais foi contratada", reforça a promotoria, ao citar a Fonte Nova, obras da Petrobras e linhas do metrô paulista.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a Arena Fonte Nova foi procurada, mas não se manifestou. A OAS também não comentou o caso.
Em abril desse ano, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), por maioria, decidiu que o contrato para a construção e o gerenciamento da Arena Fonte Nova é ilegal. O contrato foi firmado entre o governo do estado e a Fonte Nova Participações (consórcio formado pela Odebrecht e OAS) em 2010, na gestão do então governador Jaques Wagner (PT).
Segundo apurou o Bocão News, votaram pela irregularidade os conselheiros Pedro Lino, Carolina Costa e Gildásio Penedo. Já Antonio Honorato e Marcos Presídio votaram pela legalidade do contrato. Lino, que foi relator do processo, chegou a pedir a nulidade do contrato, mas foi voto vencido.
Os conselheiros decidiram, por unanimidade, que o governo do estado teria 120 dias para refazer e adequar financeiramente o contrato. Decidiram também pela aplicação de multa máxima aos então secretários da Fazenda e o do Trabalho