Jovem de São Caetano vai disputar Sul-Americano de Judô
Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)
Publicado em 08/09/2016, às 14h35
Para o jovem atleta Géferson da Silva Meireles Junior, 14 anos, a viagem para Lima será um sonho realizado. Além de conhecer um novo lugar, ele defenderá a Seleção Brasileira de Base Sub-15 no campeonato Sul-Americano de Judô, realizado na capital do Peru. A vaga foi conquistada no Campeonato Brasileiro de Judô, disputado no último sábado (3), quando Géferson tornou-se vice-campeão.
As conquistas do adolescente não param por aí. Atualmente, ele é campeão baiano e já está classificado para os Jogos Estudantis Brasileiro, que serão realizados este ano na Paraíba. Faixa roxa, Géferson é monitor do projeto Nintai, desenvolvido na Base Comunitária de Segurança de São Caetano (BCS), em Salvador, onde ensina aos mais jovens.
Os bons resultados refletem a dedicação do judoca, que treina três vezes por dia. “Pratico o judô há seis anos e, desde então, faço funcional e musculação para ter mais força e resistência, além de também exercitar a parte tática”, explica.
A dona de casa Margarida Caldas não esconde o orgulho que sente do filho. Ela lembra que Géferson já enfrentou muitas dificuldades, mas não desistiu do esporte. “Quem é da periferia, tem que batalhar muito mais para conquistar espaço. [Ele] é dedicado ao judô e à escola. Seu foco é ser campeão”.
Inspiração
O talento esportivo parece ser genético. Felipe Meireles, irmão de Géferson, também gosta da luta. Ele já ostenta a faixa marrom e várias medalhas. Os dois são orientados pelo mestre Marcelo Carvalho, 30 anos, que ressalta que o bairro tem moldado vencedores. “Robson Conceição saiu daqui e virou campeão olímpico. É um belo exemplo para os jovens que moram na região”, observa.
A estima pelo jovem é partilhada pelo comandante da BCS, tenente PM Gabriel Lessa. Para ele, a parceria firmada entre os policiais militares e a comunidade tem dado resultados positivos e afastado cada vez mais os adolescentes do mundo das drogas. “O esporte é capaz de salvar vidas. Há casos de meninos já envolvidos na criminalidade, que conseguimos resgatá-los”.