Corregedor que adiou eleições do TJD-BA é o mesmo que interveio e marcou votação no órgão em 2014
Por Redação Galáticos
Publicado em 07/03/2018, às 10h50Apesar da "irregularidade", a segunda instância do caso Ba-Vi está mantida para a próxima sexta-feira (9), às 18h, em julgamento que acontecerá no pleno do TJD-BA.
Em 2014, o então presidente do TJD-BA, João Paulo Oliveira, havia ratificado sua permanência na presidência do órgão. Na época, as eleições estavam marcadas para abril daquele ano mas não ocorreu, já que o advogado conseguiu convencer a todos os envolvidos de que tinha que continuar com seu mandato até outubro, conforme previa a lei.
João Paulo tinha sido destituído de surpresa por uma decisão monocrática do STJD. Na “surdina”, o auditor do STJD, Paulo Salomão, decidiu intervir no TJD-BA e marcou sessão para eleição no órgão.
No entanto, as eleições para a presidência do tribunal não ocorreram. Porém, houve eleição para a vice-presidência do órgão, onde Domingos Arjones acabou sendo eleito. Além do cargo, o auditor é também corregedor do TJD-BA.
O auditor do STJD, Paulo Salomão, foi o mesmo que recentemente cassou a liminar da procuradoria do TJD-BA que mudava a forma de sorteio dos árbitros no futebol baiano. A decisão dele no Rio de Janeiro também foi monocrática e com tamanha rapidez, que sequer deu tempo de distribuir o processo entre os demais membros do STJD. No mesmo período, o STJD foi o centro de outro escândalo. Depois de tirar 4 pontos e rebaixar a Portuguesa para a 2a divisão do futebol brasileiro.
Curiosamente, o mesmo Salomão adiou as eleições do TJD-BA após Corregedoria do STJD alegar irregularidade.
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