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Jornalista sofre assédio judicial de time de futebol

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Jornalista sofre assédio judicial de time de futebol

Jornalista sofre assédio judicial de time de futebol

Autor(a): Redação Galáticos Online

Foto: Reprodução

O jornalista Emílio Gusmão sofreu assédio judicial após publicar uma matéria, em julho de 2024, relatando a intenção do presidente do time-empresa Barcelona, de Ilhéus, Wellinton Nascimento, de arregimentar falsos torcedores para “promoverem bagunça” na partida entre Grapiúna e Colo Colo, válida pela semifinal da série B do Campeonato Baiano

Munido de prints de mensagens de WhatsApp do presidente do Barcelona sobre a situação, Gusmão publicou a matéria. Logo depois, o jornalista foi notificado pela Justiça de uma ação movida contra ele pela Ilhéus Soccer Futebol e Entretenimento S/A, empresa que é dona do Barcelona. Na ação, além de indenização, a empresa pede a quebra do sigilo telefônico do jornalista, em clara intenção de identificar quem seria a fonte da matéria.

Em dezembro passado aconteceu uma audiência de conciliação. Na oportunidade, a advogada da empresa autora da ação propôs ao jornalista um acordo, pelo qual ele faria uma retratação e o pagamento da quantia de R$ 10 mil, a título de danos morais. A proposta foi rejeitada por Gusmão, que reafirmou sua postura de integridade na prática do jornalismo, bem como a inaliedade do princípio da liberdade de imprensa e sigilo da fonte.

"A Constituição Brasileira, no artigo 5º, garante o sigilo da fonte no exercício profissional e Wellinton Nascimento, do Barcelona, quer subverter a ordem constitucional, no que diz respeito à liberdade de imprensa, para calar a minha voz, pois não me curvo diante do mandonismo dele”, disse Gusmão. 

O jornalista acrescenta que a informação foi checada e ele comprovou que realmente o presidente do time se dispôs a provocar uma confusão no espaço público. “Considerei que esse fato deveria vir ao conhecimento das pessoas e cumpri meu dever como profissional de comunicação, alertando a comunidade e meus leitores quanto à incitação à violência”, completa.

 

Para o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, o assédio judicial tem sido uma forma de intimidação contra os jornalistas por parte daqueles que não conseguem conviver com a democracia, que tem a imprensa livre como um dos seus pilares. “Não se busca mais a Justiça como forma de reparar danos causados pelo jornalismo sem apuração ou pela má fé, mas sim ampara-se em ações judiciais como uma maneira de inibir o bom jornalismo”, lamenta o sindicalista.

 

Moacy disse que o Sinjorba vai acompanhar o caso de Gusmão e incluí-lo no rol dos casos que são acompanhados pela Rede de Combate à Violência Contra Profissionais de Imprensa. Ele informa também que a informação constará no Relatório Anual de Violência contra a Imprensa, de 2024, elaborado pela Fenaj

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