No primeiro jogo em Pituaçu com a venda de bebidas alcoólicas liberada, o torcedor do Bahia aproveitou para entrar um pouco mais cedo no estádio e poder usufruir da novidade no Campeonato Brasileiro. Apesar da liberação, a opinião dos torcedores é dividida.

O advogado, Florisvaldo Matos, 28 anos, torcedor do Bahia, apoia a decisão judicial que permitiu à Cantina Verde vender cerveja dentro do estádio, contrariando o Estatuto do Torcedor. “A venda de bebida alcoolica deixa a torcida mais animada, mais alegre, então quando tem um pouco mais de álcool a gente celebra melhor as nossas vitórias”, afirmou.

Já o jornalista, Henrique Soares, 25 anos, é contra a liberação. “Eu sou contra porque isso acarreta em inúmeros problemas, inclusive brigas, discussões. Também fica aberto para menores consumirem, então tem que ter uma discussão melhor para ver se libera isso ou não”, argumentou.

Alheios às divergências, alguns tricolores aproveitaram a medida como pretexto para praticar seu esporte favorito: tirar um sarro dos rubro-negros, já que no Barradão a venda de bebida alcoólica é  proibida. “Bebe leite ninho. Vamos tomar uma cervejinha, comemorar o triunfo do Bahia que é melhor. Aos invés de cerveja, eles tem que tomar um isotônico, um afrodisíaco, um caldo de sururu para ver se sobe, porque está difícil”, brincou o torcedor Diogo Igor.

Dentro do estádio, um copo de cerveja é vendido a R$ 3 ou R$ 4, a depender da marca. A Cantina Verde, empresa que administra os bares no interior de Pituaçu, conseguiu uma liminar assegurando o direito de vender cerveja baseado no contrato de concessão firmado com a Sudesb. A entidade, assim como a PM, é contra a medida, mas alega que somente a CBF pode contestar a decisão judicial.