"A Fifa me tratou mal", diz criador do exoesqueleto exibido na Copa

"A Fifa me tratou mal", diz criador do exoesqueleto exibido na Copa

Imagem "A Fifa me tratou mal", diz criador do exoesqueleto exibido na Copa

Por Agência Brasil

Publicado em 09/03/2016, às 21h00

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Quase dois anos depois que um tetraplégico chutou uma bola usando um exosqueleto na abertura da Copa do Mundo de 2014, o neurocientista Miguel Nicolelis, coordenador do projeto, deu detalhes de como foram os preparativos para o evento e destaca que o grupo enfrentou problemas com a execução do projeto por causa do tempo dado pela Fifa para a exibição da experiência científica.   Antes da Copa, o projeto Andar de Novo (Walk Again) (que envolve pesquisadores de todo o mundo e é coordenado pelo neurocientista brasileiro) anunciou que faria um feito inédito: iria mostrar ao mundo um paciente tetraplégico se levantar de uma cadeira, dar alguns passos e chutar uma bola no meio do campo. Esses movimentos seriam possíveis graças a uma roupa robótica (exoesqueleto) desenvolvida pelo grupo e que se comunica com o cérebro a partir de sensores na cabeça do paciente.   Esse pontapé inicial aconteceria durante três minutos e daria início à Copa do Mundo no Brasil. Entretanto, no dia 12 de junho de 2014, a TV Fifa, responsável pela transmissão da Copa, mostrou menos de 20 segundos de uma cena onde o voluntário tetraplégico Juliano Pinto aparecia já de pé, apoiado por dois assistentes e vestido com um exoesqueleto. Em um movimento com a perna direita, ele chuta uma bola que desce uma rampa.   O fato gerou polêmica na imprensa brasileira que chegou a considerar a demonstração um fracasso e levantou questionamentos sobre o alcance do projeto. Contudo, Nicolelis responsabiliza a Fifa pela diminuição do tempo e destaca avanços em sua pesquisa como a capacidade de pacientes paralisados voltarem a contrair músculos.    Depois da Copa, a equipe de Nicolelis continuou o desenvolvimento de suas pesquisas com pacientes na Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra (IINN-ELS).

Foto: Reprodução

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