Após se posicionar contra impeachment, Juca Kfouri é xingado na porta de casa

Após se posicionar contra impeachment, Juca Kfouri é xingado na porta de casa

Imagem Após se posicionar contra impeachment, Juca Kfouri é xingado na porta de casa

Por Redação Galáticos Online

Publicado em 29/03/2016, às 21h46

CompartilheFacebookTwitterWhatsApp

O jornalista esportivo Juca Kfouri revelou em seu blog, nesta terça-feira (29), ter sido vítima de ataques verbais de mascarados na porta de sua casa. Segundo o profissional, o motivo teria sido seu posicionamento contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Com buzinas nas mãos, xingavam: 'Juca Kfouri, maldito, fdp, petista!'", contou ele.

Ainda segundo Kfouri, nesta terça foram quatro pessoas que chegaram em um carro. Porém, na segunda-feira, um grupo com oito mascarados já havia o ofendido.

Ainda no texto, o jornalista negou ser petista, mas manteve sua posição contrária ao impeachment.

Confira o texto publicado no Blog do Juca:


Quatro arruaceiros, num Honda Civic cinza, placas FES 5544, pararam na esquina da rua onde moro, por volta da meia-noite, um deles de máscara e camisa da CBF, e fizeram uma algazarra de acordar a vizinhança.

Com buzinas nas mãos, xingavam: “Juca Kfouri, maldito, fdp, petista!”.

Na segunda-feira retrasada já tinham feito o mesmo, com dois carros, e eram oito.

Eu não estava em casa, mas minha mulher os viu, assim como o guarda-noturno, que não anotou as placas.

Hoje, desci, anotei a placa e os abordei.

Logo fui dizendo que eles estavam enganados, que não sou e nunca fui petista e que sou contra o impeachment.

Agressivos que estavam, talvez surpresos por me verem, quiseram argumentar.

O de máscara falou: “Eu gostaria que você repetisse que não é petista, porque sou seu fã”.

Repeti e voltei a dizer que era contra o impeachment, além de dizer que o que eles estavam fazendo era um absurdo e que não me intimidavam.

Ele retrucou: “Mas não entendo como você pode ser contra o impeachment e não ser petista”.

“Porque você é um ignorante político”, respondi.

Ao que ele reagiu: “Não sou, não, eu leio Gramsci, a “Carta Capital” e o “Vermelho”.

Nesta altura, sob as vistas de meu filho e de minha mulher, e com a aproximação de dois guardas da rua, um dos que estavam atrás no carro, ponderou ao mascarado:

“Então pede desculpa e vamos embora”.

E foram. Sem pedir desculpa.

Valentes, muito valentes.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS