Ministro anuncia projeto para aumentar contribuição de empresas ao esporte

Ministroanuncia projeto para aumentar contribuição de empresas ao esporte

Imagem Ministro anuncia projeto para aumentar contribuição de empresas ao esporte

Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)

Publicado em 05/10/2016, às 14h13

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O Ministério do Esporte vai encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei propondo o aumento do percentual do faturamento bruto das empresas de 1% para 3% destinado ao fomento do esporte no país. A informação foi dada hoje (4) pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ao participar da solenidade de abertura do Seminário Brasil Esportes – Futuro do Rio após os Jogos.

Em discurso, Picciani disse que é preciso desburocratizar a Lei do Esporte para a agilizar o aumento da contribuição das empresas para a prática desportiva no país. Ele defendeu também maior participação das empresas no fomento ao esporte. “Detectamos a necessidade de desburocratizar a lei, mas é preciso também aumentar o limite de contribuição das empresas, hoje limitado a 1% do faturamento bruto. A Lei Rouanet, por exemplo, prevê contribuição de até 4% no incentivo à cultura. Por que, para o esporte, [a contribuição] não pode ser maior?, questionou.

“E é por isso que estamos encaminhando ao Congresso, junto com outras entidades, como o COB [Comitê Olímpico Brasileiro] e outras confederações, uma proposta de modificação no limite de contribuição das empresas, inclusive liberando a participação, nesse processo, das empresas com lucro presumido, o que hoje é proibido. Na Lei Rouanet, o limite é de 4% para a cultura. Por que que, no esporte, não pode ser 3%, por exemplo? Ainda assim não estaremos atingindo o teto”,afirmou.

De acordo com Picciani, com o aumento do percentual de contribuição e a introdução das empresas com lucro presumido no processo, aumentaria a base de contribuição de recursos voltados para o desenvolvimento do esporte do país.

O ministro criticou o contingenciamento excessivo a que é submetida a Secretaria de Esporte Educacional, hoje de 90% de seu orçamento anual. “O compromisso que temos para 2017 é executar na integridade o orçamento da Secretaria de Esporte Educacional, porque não existe esporte de alto rendimento se não tiver [a formação] na base. Hoje, 90% do orçamento da secretaria está contingenciado, realocado para outras áreas. Então, nosso primeiro trabalho foi devolver parte deste orçamento para a secretária”, disse Picciani.

Alto rendimento

Segundo Picciani, serão mantidos os programas voltados para formação e aprimoramento de atletas de alto rendimento, uma preocupação manifestada no seminário pelo velejador Torben Grael, cinco vezes medalhista olímpico e coordenador técnico da Confederação Brasileira de Vela, Robson Conceição, medalha de ouro no boxe na Rio 2016, e o nadador Daniel Dias, também ganhador de medalhas nesta competição.

“Vamos manter os programas de incentivo ao esporte de alto rendimento no país – para o Bolsa Atleta, o Bolsa Pódio. Se vamos manter o nome, eu não sei, mas o importante é que manteremos os incentivos que vêm sendo dado esses atletas”, afirmou.

Ensino Médio

Leonadro Picciani defendeu o projeto de lei do governo federal para reformulação do ensino médio, considerando-o necessário para a modernização do setor. “A proposta do governo para o ensino médio decorre da necessidade de modernizá-lo e torná-lo mais compatível com o mundo atual. Tenho convicção de que este é o caminho e o desejo do Ministério da Educação." O ministro disse ainda ter certeza de que o Congresso também seguirá por este caminho.

Para o ministro, a aprovação da reforma com apenas duas matérias obrigatórias (matemática e português] não significa, necessariamente, a exclusão da prática de educação física nas escolas do ensino médio.  “A educação física será mantida no currículo nacional [Base Nacional Curricular Comum], ainda em discussão tanto no Congresso quanto no meio acadêmico. Caberá tanto ao Ministério da Educação quanto ao do Esporte incentivar e fomentar a prática da educação física nas escolas, dando condições aos alunos e aos professores da disciplina de levar adiante a sua atuação.”

Picciani enfatizou que é favorável à transformação do ensino médio que a medida provisória propõe. "O que está previsto, de início, é que a matemática e o português sejam matérias obrigatórias e que as outras estarão no currículo nacional onde os alunos poderão fazer a sua própria carga horária. No que toca à educação física, tanto o Ministério da Educação quanto o Ministério do Esporte têm que garantir aos alunos o acesso a equipamentos esportivos e garantir a presença dos profissionais de educação física nas salas de aula.”

De acordo com o ministro, o que o governo está tentando fazer com a medida provisória é tornar todas as outras matérias opcionais, “como é na maioria dos países desenvolvidos. Os Estados Unidos são uma potência esportiva e têm, no currículo obrigatório, apenas matemática e língua inglesa. O sucesso da educação física [naquele país] não está no fato de ela [a educação física] ser matéria obrigatória ou não. Está, sim, na oferta de profissionais e de equipamentos esportivos para a pratica de esportes. É nisso que eu acredito.”


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