Ex-olheiro cobra dívida do Vitória e diz ser responsável por retorno de zagueiro

Um ex-funcionário do Vitória, que deixou o clube em 2014, entrou na justiça para cobrar valores relacionados à indicação de um atleta para a categoria de base do clube. De acordo com Aildo Pires, ele foi o responsável pela chegada de Marcone, atacante que foi artilheiro do time que venceu a Copa do Brasil sub-20 em 2012, mas não teve continuidade no profissional do Leão.

Em contato com a reportagem dos Galáticos Online, Aildo, que tem duas passagens pelo Barradão, 2002 à 2004 e 2013 à 2014, explicou que o clube cumpriu com todos os deveres como empregador, mas acabou não honrando parte do combinado por levar o atleta para a Toca.

“Movi uma ação da parte de direitos econômicos, fiz todos os trâmites legais. Já pagaram uma parcela e meia, faltam três parcelas e meia. Quando estava saindo, Manoel Matos sentou comigo, disse que o clube ia cumprir o combinado. Eu esperei, tentei, até através de advogado conversar com o jurídico do Vitória, mas não foi pago”, explicou Aildo.

Marcone, o atleta em questão, já não está mais no Vitória, tendo deixado o Barradão no ano passado, sem ter chegado a um acordo  com o Leão para a renovação de contrato.

Durante a conversa, Aildo revelou ainda que se não fosse por ele, um dos titulares da equipe comandada por Vágner Mancini na Série B poderia não estar no Barradão.

O zagueiro Ramon, que chegou através de uma parceria com o Bahia de Feira, foi, segundo o observador, devolvido ao time feirense quando ainda fazia parte da base, mas voltou para a Toca após uma conversa que o olheiro teve com o coordenador e um dos treinadores da base rubro-negra na época.

“Ramon foi dispensado do Vitória na divisão de base. Acompanhei ele no Bahia de Feira, no time profissional, e quando eu saí de lá e fui para o Vitória convenci João Paulo e Amadeu que o atleta tinha potencial”, declarou Aildo.

Procurado pela reportagem, o vice-presidente do Vitória, Manoel Matos admitiu que é comum que haja dívidas com pessoas que levam jogadores, e depois são aproveitados na base, embora não soubesse detalhes do caso.

“Se o Vitória deve o vitória vai pagar. Todas as pessoas que a gente deve a gente negocia, conversa. Essa questão de pagamento de pessoas que trazem os jogadores para o clube é comum, aqueles que trabalham conosco sabem que ainda que demore mais que o esperado, o clube sempre honra com os compromissos”, garantiu o dirigente.