Não é novidade para ninguém que a Série D do Brasileirão tornou-se uma competição prejudicial aos clubes e torcedores de todo o país. Baseado em diversos fatores que comprovam o fato, o presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues, vem pleiteando, desde o início do ano, a extinção da competição do calendário da CBF. 

A proposta, que tem a adesão de muitas federações do país como as do Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e todas do Nordeste, já começa a ganhar apoio de diversos clubes. 

Assim como o Santa Cruz (PE), que disputou a Série D em 2011 e garantiu classificação para a Série C, um clube baiano se manifestou sobre o assunto. Nesta semana, o presidente do Conselho Deliberativo do Bahia de Feira, Jodilton Souza, demonstrou apoio à reivindicação.

"Ora, nós ainda não temos o torcedor do nosso lado, embora tenhamos conquistado o título baiano. Então precisamos de parceiros que invistam no futebol e estamos buscando evidentemente fazer aquilo que é possível. No Baiano, nós fechamos a competição até com superávit porque negociamos atletas, mas na Série D tivemos este prejuízo porque mesmo sendo nacional, os times não têm patrocínio e disputam com seus recursos", destacou em entrevista ao site oficial do clube.

Segundo o dirigente, o Tremendão teve um prejuízo de aproximadamente R$ 800 mil por ter disputado a competição. Para ele, um campeonato que contou com a desistência de 12 times antes mesmo do seu início precisa ser revisto.

"Isso é um fato que não pode ser ignorado. Se os times desistiram, é porque tem algo errado e justamente é isso porque o futebol não é brincadeira. Precisa de investimentos, mas você disputar uma competição sem nenhum incentivo por parte da CBF é complicado e como temos intenção de permanecer muito tempo no futebol não é interessante ter um clube falido, que não se paga", explicou.

Apesar de ter sido confirmada no calendário do futebol nacional para 2013, a Série D continuará sendo questionada. Segundo Ednaldo Rodrigues, são muitos os motivos que levam as entidades a pedirem a sua extinção.

"Se mantiverem a competição, será esvaziada, principalmente em recursos financeiros. Os clubes não querem mais participar, pois é muito deficitária. Além da distância das regiões, há o aumento do percurso que os clubes têm para alcançar a elite do futebol nacional. Precisamos verificar que aquilo que não dá certo para quem participa, não deve ser imposto", disse o presidente da FBF em entrevista no mês de setembro. 

Fonte: FBF