Jogos de Tóquio: novo adiamento deve ser encorajado, defende Takahashi
Athit Perawongmetha / ReutersPor Agência Brasil*
Publicado em 16/06/2020, às 23h00Em depoimento a jornalistas reproduzido pelo diário japonês Nikkan Sports, Takahashi diz que se deve "evitar o cancelamento" dos Jogos e avisa que, se isso ocorrer, "o Japão e a economia mundial serão severamente atingidos". Ainda segundo o dirigente, caso a covid-19 ainda não esteja controlada e seja difícil manter os eventos nas datas remarcadas, o novo adiamento "deve ser encorajado". A Olimpíada está agendada para iniciar em 23 de julho, enquanto a Paralimpíada começará em 24 de agosto.
Tanto o governo japonês quanto o Comitê Organizador admitiram, mais de uma vez, dificuldade de imaginar uma nova mudança de data para os Jogos. Além dos eventos postergados para 2021, como Mundiais de Atletismo e Esportes Aquáticos, a temporada de 2022 terá ainda a Copa do Mundo de futebol, no Catar, e a Olimpíada de Inverno, em Pequim (China). Além disso, a estimativa do diário nipônico Nikkei, especializado em economia, é de o já consumado adiamento das disputas em Tóquio para o próximo ano gere um custo extra de US$ 2,7 bilhões (equivalente a aproximadamente R$ 13 bilhões) entre manutenção de estruturas e revisão de contratos.
A propagação da covid-19 é preocupante. São quase 7,9 milhões de casos confirmados e mais de 431 mil mortes causadas pela doença no mundo. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, avaliou que os Jogos em 2021 terão que ser repensados se a vacina contra a covid-19 não for desenvolvida até o final deste ano.
*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional