Retrospectiva 2024: em mais um ano sem brio, times do interior da Bahia ficam devendo

O ano de 2024 não foi bom para as equipes do interior da Bahia. No Campeonato Baiano, depois de cinco anos, tivemos uma final entre os principais clubes do estado: Bahia e Vitória. Apesar de não ter chegado a final do torneio, o Barcelona de Ilhéus, equipe findada há cinco anos atrás, surpreendeu e terminou a competição na terceira colocação, desbancando equipes mais tradicionais como Juazeirense, Jacuipense e Atlético-BA. 

E por falar em equipe tradicionais, a Série B do Baiano do ano que vem contará com duas: Bahia de Feira e Itabuna. Por outro lado teremos estreante na elite do Baiano de 2025, já que o Porto, de Porto Seguro, ficou com uma das vagas. 

O Galáticos Online preparou uma retrospectiva para relembrar como foi o ano das equipes do interior do estado nas principais competições. Confira: 

COPA DO BRASIL 

Itabuna e Jacuipense representaram as equipes do interior Baiano na Competição Nacional de 2024, mas nenhuma das duas avançou de fase. O Jacuipense tropeçou fora de casa para o Água Santa, por 2 a 1. Já o Itabuna fez o seu torcedor sofrer um pouco mais. Jogando em casa, o time de Ilhéus foi massacrado pelo Nova Iguaçu pelo placar de 8 a 0. 

SÉRIE D

No Série D Brasileirão, três equipes do interior da Bahia representam o estado na competição, mas nenhuma foi muito longe no certame.  

Juazeirense: 

Foi a que menos deu esperanças ao seu torcedor no torneio. Terminou a competição na sexta colocação do Grupo D, com 21 pontos conquistados, cinco a menos que a líder Itabaiana. Com um futebol abaixo, o Cancão de Fogo virou notícia fora das quatro linhas, quando foi protagonista de um fato no mínimo curioso. Isso porque o duelo entre Retrô e Juazeirense, na Arena de Pernambuco, registrou uma renda inferior ao público total. 

Ao todo, 961 pessoas estiveram presentes no estádio, para uma arrecadação de apenas R$ 590 (é como se cada ingresso custasse R$ 0,62). A explicação se deu pela grande quantidade de gratuidades cedidas pelo Retrô, em seu primeiro jogo como mandante na competição.

Jacuipense:

Também no Grupo D, o time de Riachão do Jacuípe fez uma campanha um pouco melhor, avançou para Segunda Fase e chegou a sonhar com o retorno à Série C. No entanto, na fase seguinte, não aproveitou o primeiro jogo em seu mando de campo para fazer o dever de casa e acabou empatando com o Iguatu. No jogo de volta, o Leão do Sisal até saiu na frente, mas levou a virada e deu adeus à competição.

Itabuna:

Apesar do rebaixamento no Baiano e da goleada vexatória na Copa do Brasil, o Itabuna foi para o Brasileiro fazer a melhor campanha entre os baianos que participaram do torneio em 2024. A equipe de Ilhéus foi a sensação da primeira fase e acabou dando uma boa resposta a parceria firmada com o Vitória, onde recebeu cerca de 18 atletas para disputa do certame. 

O destaque da equipe foi justamente uma cria da base rubro-negra, o jovem atacante Lawan, de 19 anos, que fez cinco gols na competição.

Apesar do início arrasador, a equipe caiu na Segunda Faze, diante do Anápolis-GO e encerrou a temporada em dívida com o torcedor. 

Curiosamente, logo após o término da primeira fase, o Vitória solicitou o retorno de três atletas que estavam se destacando na Série D para compor a equipe principal na Série A: o volante José Breno, de 20 anos, e os atacantes Luís Miguel e Lawan, ambos com 19 anos.

INTERMUNICIPAL  

A Seleção de Castro Alves entrou para a história neste e conquistou, de forma inédita, o título do Intermunicipal de  2024. A vitória por 2 a 0 sobre Crisópolis (6 a 0 no agregado), diante de um estádio lotado no Recôncavo Baiano, coroou uma campanha invicta em toda competição. Com o triunfo, Castro Alves se tornou a 29ª cidade a levantar o troféu da maior competição de futebol amador do Brasil.