Em carta, mãe relata dificuldades de zagueiro que não ficou no Bahia

A novela envolvendo o zagueiro Serjão e o Bahia não foi o único percalço do atleta nos últimos dias. Contratado no início da temporada, o jogador, que defendia o Duque de Caxias, chegou a ser dispensado, retornou ao clube e novamente foi liberado em pouco mais de uma semana.

Mas, esse foi apenas um dos problemas vividos pelo defensor. O Galáticos Online teve acesso a uma carta enviada pela mãe do jogador a uma igreja da Capital baiana onde relatou as inúmeras dificuldades que tem passado o seu filho.

No documento, a senhora Joana Raphael acusa o empresário de Sérgio Raphael de ter atrapalhado a negociação com o Tricolor, que teria informado a família, através do diretor de futebol Willian Machado, que não havia recebido todos os documentos da transferência do zagueiro e o acordo para a assinatura do contrato não teria sido cumprido. Já o empresário, segundo a mãe de Serjão, alegou que não teria recebido nenhum documento do Esquadrão.

Porém, durante todo o imbróglio, o jogador de 21 anos passou pode dificuldades financeiras em Salvador. Ele chegou ao Bahia com apenas R$ 500 e, sem a assinatura do contrato, não pôde receber salário. A senhora Joana afirmou que, após a pré-temporada, o clube baiano passou a pagar apenas a hospedagem do defensor, que teve de se virar para bancar sua alimentação.

Na esperança de um final feliz para Serjão, a genitora, que enviou a carta no dia 21 de janeiro, antes do anuncio da dispensa do atleta, que aconteceu no dia 24, ainda revelou que o filho tentava na Justiça uma liberação judicial do Duque de Caxias, com quem tem contrato, por ter seis meses de salários atrasados e não recolhimento de INSS e FGTS.

Uma rescisão com o clube carioca seria a única forma de o jogador ter a documentação necessária para assinar com o Esquadrão. Mas, três dias depois, o Bahia comunicou a desistência da contratação.

Em entrevista exclusiva à Equipe dos Galáticos, Serjão confirmou que o Tricolor não tem nenhuma culpa na situação e, apesar de dada como certa sua saída, ainda mantém esperança de vestir a camisa azul, vermelha e branca. “Não estou treinando, estou afastado. Mas, o problema não foi com o Bahia, foi com o Duque de Caxias. Estou batalhando para resolver isso. Não posso ser jogador do Bahia ainda, não assinei contrato. O Willian tem conversado comigo e penso que logo vou resolver minha vida e, se ainda for possível, ser jogador do Bahia. Os empresários me largaram aqui e não me deram auxílio nenhum. Quem vem me dando apoio é Deus e minha família”, disse.

Confira a carta na íntegra:

Parte 1

Parte 2