Pendências ainda atrapalham transferência de Talisca para clube português

O assunto dos bastidores do Bahia nos últimos dias foi a transferência de Anderson Talisca para o futebol português, mais precisamente para atuar no Benfica. Mas, apesar de quase tudo pronto para o meia deixar o Tricolor, algumas pendências ainda impedem o adeus do jogador.

A principal e mais complicada delas diz respeito aos direitos econômicos do atleta. Uma operação ilegal do ex-presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, está atrapalhando o negócio.

Ainda quando comandava o Esquadrão, MGF cedeu, sem o consentimento de Talisca, parte dos seus direitos econômicos, que pertenciam ao time do Fazendão, ao Astro de Feira de Santana, onde o jogador começou a jogar futebol, e à empresa Bahia Soccer. Ambos receberam, cada, 20% dos direitos do meia.

Porém, com a operação irregular, o contrato assinado entre o ex-gestor e as partes não tem valor legal, é nulo de pleno direito. O artigo 38 da Lei Pelé (Lei 9615/98) garante que "Qualquer cessão ou transferência de atleta profissional ou não-profissional depende de sua formal e expressa anuência. (Redação dada pela Lei nº 9.981, de 2000)".

É com base nesse artigo que Anderson Talisca não aceita, de forma alguma, ceder valores da venda ao Astro e à Bahia Soccer. O atleta não autorizou o Bahia, em nenhum momento, ceder parte dos seus direitos ao time feirense e à empresa.

Diante dessas irregularidades, a atual direção do Bahia irá pagar por um contrato ilegal da gestão MGF? Qual base legal para o pagamento ao Astro e à Bahia Soccer sem que Talisca não receba nada pela venda? São perguntas que precisam ser respondidas e resolvidas para que a transferência de Anderson Talisca seja concluída.