TJ abre sindicância contra juiz responsável pela intervenção do Bahia

TJ abre sindicância contra juiz responsável pela intervenção do Bahia

Imagem TJ abre sindicância contra juiz responsável pela intervenção do Bahia

Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

Publicado em 18/08/2015, às 10h56

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O Bocão News teve acesso, nesta terça-feira (18), a uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia na qual foi aberta uma sindicância contra o juiz Paulo Albiani Alves.

No documento, o TJ informa que"trata-se de uma sindicância instaurada pela Portaria nº 968/2014 - GSEC no âmbito do Juízo de Direito da 28ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerviais da capital, para apuração de supostas irregularidades encontradas na unidade durante  a Correição Ordinária realizada pela Corregedoria Geral, no ano de 2014. Naquela oportunidade foram constatadas de fato inúmeras irregularidades, tais como: petições iniciais do ano de 2013 sem autuação; diversas precatórias sem cumprimento; servidores sem token de acesso ao sitema SAJ; presença de oficial de justiça estranho à Vara que recebia mandados e os repassava a pessoa estranha ao quadro de servidores; além de mais de mil petições para serem juntadas no processos e várias estantes de processos aguardando expedições de documentos e certificações. DECIDO: ..Faltas graves foram realmente cometidas...a instauração de sindicância  em desfavor do magistrado Titular da Unidade Sindicada, DR. PAULO ALNIANI ALVES, para apuraçãode suposto descumprimento dos deveres funcionais ..."

O nome do magistrado volta à imprensa após ser bastante citado em 2013, época da intervenção do Esporte Clube Bahia. Albiani foi o responsável pelo julgamento do caso. Durante o processo, Albini foi alvo do ex-presidente do tricolor, Marcelo Guimarães Filho, que chegou a declarar parcialidade do juiz no julgamento do caso. A defesa de MGF afirmava que o juiz tinha sua imparcialidade comprometida por interesses e já teria formado um julgamento prematuro e tendencioso contra o presidente do clube, tornando o processo uma batalha pessoal. O documento ainda acrescenta que “o interventor [Carlos Rátis] está a fazer papel meramente decorativo quando, em verdade, o verdadeiro gestor do Esporte Clube Bahia é o juiz de direito Paulo Albiani Alves”.

O advogado Antônio Carlos Castro, o Kakay, que representou a diretoria destituída do Bahia no processo de intervenção disparou críticas ao juiz Paulo Albiani, responsável pelo caso. O Magistrado pediu ao interventor Carlos Ratis que justifique contratação do advogado pelo clube em 24 horas ou o demita.

Irritado com o pedido do juiz, kakay o chamou de 'atrevido'. "Ele pede que em 24 horas o Interventor justifique a nossa contratação ou nos demita. O Dr. Ratis é uma pessoa séria e sabe que somos advogados do Bahia. Eu duvido que ele amanhã diga que não somos advogados do Bahia, porque desde o primeiro segundo ele sabe que somos. O Dr. Albiani deve estar preocupado com minha atuação, mas ele tem que se preocupar com o judiciário. O que está parecendo é que o Dr. Paulo Albiani é o interventor de fato, ele é atrevido, é inacreditável isso, não tem lógica", protestou.


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