Denúncia de "mala preta" pode manchar imagem do futebol baiano

Denúncia de "mala preta" pode manchar imagem do futebol baiano

Imagem Denúncia de "mala preta" pode manchar imagem do futebol baiano

Por Redação Galáticos Online (@GalaticosOnline)

Publicado em 28/10/2013, às 21h16

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O futebol baiano pode entrar na mídia nacional da forma mais negativa possível: Denúncia de “mala preta” no Campeonato Baiano da 2ª divisão deste ano. A denúncia parte do presidente do Camaçari, Fernando Lopes, prejudicado com o resultado da partida em que seu time venceu o Ipítanga pelo Placar de 4 a 0. Com esse resultado, a Catuense se classificou para a fase semifinal, disputou com o Itabuna e subiu para a 1ª divisão. Um placar acima de 7 gols de diferença daria a vaga ao Camaçari, eliminando a equipe de Catu.

Diante dos fatos, o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Bahiana de Futebol abriu inquérito para investigar o caso. O Dr. Luis Valnei, auditor do TJD-BA, está a frente do inquérito e se pronunciou sobre o assunto nesta segunda-feira (28), ao ser entrevistado na Rádio Itapoan FM – 97,5: “Estamos em fase de investigação, de inquérito. Qualquer posição neste momento seria prematuro, precipitado. Estamos investigando para atestar que a denúncia feita pelo Camaçari tenha procedência, ou não. Se existem fatos que remetem a dúvidas, elas devem ser esclarecidas. Vamos analisar com imparcialidade. Havendo indícios de irregularidade, a procuradoria fará a denúncia. Não havendo, o caso será arquivado. O Tribunal não vai se omitir”, decretou o relator.

A partida entre Camaçari 4 X 0 Ipitanga, aconteceu em 29/06/2013, em Alagoinhas e já começou com um atraso de 15 minutos, em virtude do Ipitanga (que nada mais aspirava no campeonato), ter entrado atrasado em campo, exatamente às 16:12h.

Abaixo do placar do jogo na súmula, há uma observação do árbitro Arilson Bispo da Anunciação: “Ver item 10 do relatório”.

Item 10:

“A partida foi encerrada aos 15 minutos do 2º tempo, em virtude da equipe do Ipitanga não possuir o número mínimo de atletas suficientes para continuar a partida, pois só restavam 6 atletas em campo.

O Ipitanga se apresentou para a partida com apenas 10 jogadores titulares e nenhum reserva:

- Aos 8 do 1º tempo: o atleta Cassius Clay saiu de campo alegando dores no joelho

- No intervalo, o atleta Renato Braz Neto ficou no vestiário, não retornando para o 2º tempo.

- Com 1 minuto do 2º tempo, o atleta José Cícero, deixou a partida alegando torção no tornozelo.

- Aos 4 minutos do 2º tempo, o atleta Kayron Bruno da Silva, após dar um chute na bola, ficou caído em campo alegando dores musculares. O médico Dr. Belarmino de Melo, CRM 10101, diagnosticou contratura muscular.”

O árbitro Arilson Bispo da Anunciação esperou 10 minutos para que o atleta se recuperasse, o que não aconteceu. A partida foi encerrada.

Vale o registro: O atleta Renato Braz Neto é filho do presidente do Ipitanga, Renato Braz e não retornou para o segundo tempo da partida, sem dar maiores explicações.

Outra informação que está sendo investigada é a de que o médico que atendeu aos jogadores do Ipitanga, Dr. Belarmino de Melo, teria sido indicado pela Catuense, inclusive tendo trabalhado nos jogos do clube de Catu durante toda a a competição.

A presidente da Catuense, Maria Aparecida Pena, não se manifestou até o momento sobre as denúncias. Há informações de que ela esteve em Alagoinhas assistindo a partida entre Camaçari X Ipitanga.

Caso haja comprovação de que houve interferência externa para que os jogadores do Ipitanga caíssem em campo, a Catuense corre sério risco de perder a vaga na 1ª divisão do futebol baiano em 2014 e pode ser banida do futebol.


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