Presidente da comissão da Lei da Copa engrossa críticas contra Valcke

O presidente da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, deputado Renan Filho (PMDB-AL), disse em nota divulgada nesta segunda-feira(05), que é “inadmissível” a declaração do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. O representante da Fifa disse que o Brasil precisava de um “chute no traseiro” para acelerar os preparativos da Copa.

“Enquanto interlocutor da Fifa com o governo brasileiro, é inadmissível que o secretário-geral faça uso de expressões inconsequentes, deselegantes e de linguajar chulo, sem considerar as responsabilidades que essa relação e seu cargo exigem”, diz o texto. Além disso, Renan Filho chamou de “insultuosa, descuidada e inapropriada” a opinião de Valcke.

O peemedebista afirmou que a sessão da comissão para a votação do projeto prevista para a próxima terça-feira (06) está mantida.

Ele relatou que a comissão especial só começou a trabalhar no dia 19 de outubro de 2011 e que tem feito amplo debate sobre o projeto. “Apesar de árduo, o trabalho tem sido produtivo e célere”.

A declaração de Valcke abalou a relação do governo brasileiro com a entidade máxima do futebol. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que o Brasil não aceita mais o secretário-geral como interlocutor com a Fifa. O assessor da Presidência Marco Aurélio Melo também se manifestou sobre o caso. Ele chamou Valcke de “vagabundo”. Enquanto isso o secretário-geral da Fifa classificou a reação dos brasileiros como “infantil”.