Museu aproveita Paralimpíada para ampliar debate sobre inclusão social

Museu aproveita Paralimpíada para ampliar debate sobre inclusão social

Imagem Museu aproveita Paralimpíada para ampliar debate sobre inclusão social

Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)

Publicado em 05/08/2016, às 06h11

CompartilheFacebookTwitterWhatsApp

Aproveitando a Paralimpíada brasileira, que começa a partir do dia 7 de setembro, o Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, está com a exposição de fotos Esporte e Cérebro – A Expansão do Corpo pela Tecnologia. O intuito é ampliar o debate sobre inclusão de pessoas com deficiências que somam, no Brasil, cerca de 45 milhões de indivíduos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o gerente de Conteúdo da instituição, Leonardo Menezes, responsável pela criação da mostra, o museu tem dois eixos, um deles é o da sustentabilidade; o outro o da convivência.

Menezes disse que a exposição Esporte e Cérebro – A Expansão do Corpo pela Tecnologia alia a discussão de novas pesquisas sobre o funcionamento do cérebro e como ele consegue expandir sua imagem corporal por meio da agregação de próteses e outras tecnologias artificiais ao corpo humano. “A gente enxergou nisso um paralelo com os paratletas que estão sempre utilizando próteses e artefatos como cadeiras de rodas e outras tecnologias para poderem praticar uma modalidade esportiva”. São cerca de 16 fotografias que retratam diferentes paratletas nas suas modalidades. “A gente traz os conteúdos do cérebro a partir da representação da imagem de cada um deles na sua prática”, disse.

Para o gerente, a realização da Olimpíada e da Paralimpíada no Rio de Janeiro é uma oportunidade para trazer esse conteúdo e o debate com relação à inclusão na sociedade de pessoas com algum tipo de deficiência. Menezes acredita que essa ação vai reverberar na programação do museu. "O Brasil é considerado uma potência na Paralimpíada", disse o gerente do Museu do Amanhã. Na última Paralimpíada de Londres, o Brasil ficou em sétimo lugar e no Para-panamericano de Toronto, no ano passado, ocupou o primeiro lugar na classificação.

Além de dar visibilidade às equipes que chegam ao Rio de Janeiro com muitas expectativas para os Jogos Paralímpicos, o museu quer trazer conteúdos que ao mesmo tempo divulgam pesquisas relativas ao uso do cérebro e como ele consegue se adaptar e incorporar tecnologias ao corpo, mesmo com a falta de um membro.

Junto com a exposição, haverá palestras no Observatório do Amanhã com neurocientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que abordarão a plasticidade do cérebro e a possibilidade dele incorporar tecnologias à imagem do corpo. O museu oferecerá ainda a exibição do documentário Paratodos, que aborda a trajetória de paratletas brasileiros até chegar à sua preparação para a Paralimpíada Rio 2016, seguida de debate com o diretor do filme, Marcelo Mesquita.

Para os debates com neurocientistas e a exibição do filme, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas previamente no site do museu. Já para a exposição de fotos, é necessário adquirir ingresso do museu via internet. A mostra vai até dia 2 de outubro.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS