Bahia conquista medalhas em três modalidades nas Paralimpíadas

Bahia conquista medalhas em três modalidades nas Paralimpíadas

Imagem Bahia conquista medalhas em três modalidades nas Paralimpíadas

Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)

Publicado em 19/09/2016, às 14h45

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Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 - encerrado neste domingo 21 -, a Bahia marcou presença com nove atletas. Conquistou medalha de ouro no Futebol de 5, com Jeferson Gonçalves (Jefinho) e Cássio Lopes; medalha de prata no halterofilismo com Evânio Rodrigues da Silva, na disputa masculina até 88kg; e medalha de bronze, na maratona T12, com  Edneusa de Jesus Santos Dorta, que completou os 42 km da prova em 3h18min38s.

O Estado também foi representado nas competições paralímpicas com as atletas: Raissa Machado e Tascitha Cruz (atletismo); nadadora Verônica Almeida; e o remador Renê Pereira. Entre os medalhistas baianos que foram à Cidade Maravilhosa, estavam o atacante Jeferson Gonçalves, agora tricampeão olímpico. Ele ganhou medalhas de ouro em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio 2016; enquanto o zagueiro Cássio Lopes, foi campeão em Londres-2012 e agora na Rio 2016.  A nadadora Verônica Almeida que conquistou o bronze em Pequim-2008, desta vez não conseguiu medalha.

FUTEBOL DE CINCO

Com o Centro Olímpico de Tênis (no Parque da Barra,) lotado, a seleção brasileira de futebol de cinco confirmou o favoritismo na competição e venceu sábado 20, o Irã por 1 a 0, gol de Ricardinho, aos 12 minutos do primeiro tempo. É a quarta vez seguida que o Brasil ganha o ouro na modalidade. A história mostra que o Brasil é hegemônico no esporte. Mas os jogadores esperam um aumento de incentivo à modalidade no país, já mirando as paralimpíadas de Tóquio 2020.

Para o zagueiro Cássio, a expectativa é que o resultado se traduza em reconhecimento. “Eu espero, a partir o dia 19, que os Jogos Paralímpicos do Rio tenham sido o primeiro grande passo em relação a apoio, a investimento no esporte. Sinceramente, eu espero que isto não pare por aqui. Que haja uma continuação e um projeto mirando 2020, mas com uma base sólida, com investimentos, pois só assim a gente vai conseguir novas metas”, disse o baiano.

HALTEROFILISTA

A primeira medalha do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos no halterofilismo veio nos braços fortes de Evânio Rodrigues da Silva, que assegurou a prata na disputa masculina até 88kg. O baiano, de 32 anos, ergueu 210 kg na segunda das três tentativas de levantamento. A marca foi a mesma do mongol Sodnompiljee Enkhbayar. Mas Evânio da Silva acabou assegurando a prata por ter peso corporal inferior ao do asiático - 86,35kg a 87,53kg -, que precisou se contentar com a medalha de bronze.

Antes do levantamento que lhe garantiu a prata, Evânio havia conseguido erguer 205kg. Depois falhou na tentativa de 215kg. Esta foi a primeira participação de Evânio nos Jogos Paralímpicos. O baiano começou a competir em 2008 e ficou em sexto lugar no Mundial de 2014 na categoria até 88kg. Em 2015, foi ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto na categoria até 80kg. Agora, garantiu a primeira medalha do Brasil no halterofilismo na história das Paralimpíadas.

MARATONISTA

Na sua primeira Paralimpíada, a baiana Edneusa de Jesus Santos Dorta completou os 42 km da prova em 3h18min38s e conquistou a medalha de bronze na Maratona T12. Foi a primeira da carreira. De acordo com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Edneusa Dorta possui baixa visão desde o nascimento, decorrente de uma rubéola que sua mãe contraiu na gravidez.

Até os 24 anos, competia no atletismo tradicional. Depois de um tempo parada, foi para o atletismo paralímpico em 2012. Nunca uma brasileira havia conquistado uma medalha na Maratona, seja em Olimpíadas ou nas Paralimpíadas.

A vitória de Edneusa Dorta foi debaixo de sol forte e muito calor, com os termômetros marcando 31° C e umidade de 61%. Natural de Salvador, com 40 anos de idade cruzou a linha de chegada em Copacabana em terceiro. Até os Jogos do Rio, o único atleta do Brasil a garantir uma medalha em maratonas foi Vanderlei Cordeiro. 


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