Empresário admite manipulação no futebol e diz que lucrou R$ 300 mi

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado Federal voltou a todo vapor nesta terça-feira (8/10), no Congresso Nacional. O apostador William Pereira Rogatto admitiu participar de um esquema de manipulação de apostas durante o campeonato estadual de futebol do Distrito Federal de 2024.

Em depoimento por vídeo ao senador Romário (PL-RJ), relator da CPI, e ao presidente Jorge Kajuru (PSB-GO), William, que está em Portugal, assumiu que enganou a presidente do Santa Maria, Dayana Nunes, rebaixando a equipe para a segunda divisão do DF.

“Rebaixei 42 times e sou conhecido como rei do rebaixamento, mas não dá para ganhar dinheiro sem rebaixá-los. Não estou matando ninguém, roubando ninguém, o sistema é falho. Estou indo contra o sistema. A criação da máquina me favoreceu, encontrei a brecha”, afirmou.

“Eu sou a máquina que está oferecendo dinheiro mais fácil para o atleta e dando dignidade para o cara dar de comer à família dele. Será que eu sou tão errado assim? Fui um dos maiores. Se não o maior, um dos mais organizados. Eu já trabalhei e operei nas 26 unidades da Federação e no Distrito Federal”, admitiu.

Além disso, após a confissão sobre o rebaixamento proposital do Santa Maria, William Pereira Rogatto pediu desculpas à presidente do clube candango.

Rogatto, bastante conhecido no mundo das apostas esportivas, foi um dos alvos investigados pela Operação Fim de Jogo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).