Brasileirão 2025 mantém ritmo acelerado de demissões

A edição de 2025 do Campeonato Brasileiro segue reforçando sua fama como uma das mais implacáveis do futebol mundial no que diz respeito à longevidade de treinadores. Após apenas seis rodadas, já foram cinco trocas de comando técnico, consolidando uma média altíssima de demissões que só encontra paralelo em poucas temporadas anteriores desde a adoção dos pontos corridos com 20 clubes, em 2006.

O caso mais recente ocorreu neste domingo (27), com a saída de Fábio Carille do Vasco da Gama. A derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, fora de casa, selou a queda do treinador, que já vinha sob forte pressão. A demissão torna Carille o quinto técnico a perder o cargo em apenas seis rodadas — uma média praticamente de um por jornada.

Antes dele, já haviam sido desligados Mano Menezes (Fluminense), ainda na primeira rodada após revés contra o Fortaleza no Castelão; Pedro Caixinha (Santos); Gustavo Quinteros (Grêmio) e Ramón Díaz (Corinthians). A frequência das trocas remete a temporadas de alta rotatividade como 2010, quando 30 técnicos foram demitidos ao longo das 38 rodadas, e 2006 e 2008, que registraram 27 mudanças cada.

A queda precoce de Mano Menezes, aliás, o colocou em um grupo raro de treinadores dispensados logo na estreia do Brasileirão. Casos semelhantes só ocorreram em ocasiões pontuais, como com António Oliveira em 2023 (Coritiba), Alberto Valentim em 2021 e 2022 (Cuiabá e Athletico Paranaense, respectivamente), Marquinhos Santos em 2022 (América-MG) e Péricles Chamusca em 2005 (Goiás).

Com o campeonato ainda em seu início, o clima de instabilidade já atinge outros nomes. Luis Zubeldía (São Paulo) e Thiago Carpini (Vitória) são alguns dos que aparecem na lista dos ameaçados e podem engrossar a estatística nas próximas semanas.