Operação da PF investiga superfaturamento de estádio em Pernambuco

Operação da PF investiga superfaturamento da Arena Pernambuco

Imagem Operação da PF investiga superfaturamento de estádio em Pernambuco

Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

Publicado em 14/08/2015, às 10h29

CompartilheFacebookTwitterWhatsApp

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (14) a Operação Fair Play, que apura superfaturamento na construção da Arena Pernambuco. Os policiais estão em várias sedes da Odebrecht - vencedora do consórcio-, entre elas Pernambuco, Bahia, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. São 10 mandados de buscas e apreensão. Entre os investigados está o Comitê de Gestão Público Privada do Governo de Pernambuco.

De acordo com informações o blog Diário de Pernambuco, para erguer o empreendimento em São Lourenço da Mata foram gastos R$ 743 milhões. O valor é 55% acima do contrato original, transforma o estádio no 4º mais caro do último Mundial.

Ainda segundo a publicação, no acordo da licitação, a preço de maio de 2009, a obra foi orçada em R$ 479 milhões. Era o acordo para construir o estádio visando a Copa do Mundo de 2014. A antecipação da obra em oito meses, a pedido do governo do estado, visando a presença local na Copa das Confederações de 2013, gerou uma revisão no contrato, com os chamados “aditivos”. E esse pedido de reequilíbrio financeiro feito pela Odebrecht foi de R$ 264 milhões, num dado agora público. Segundo o Diário, a medida extra na PPP teve quatro itens, incluindo aceleração da obra (R$ 190 milhões), exigências adicionais da Fifa no caderno de encargos (R$ 47,5 milhões), ressarcimento de impostos (R$ 23 milhões) e encargos financeiros (R$ 3,5 milhões).

Em março deste ano, a reportagem do Uol divulgou que o Governo do Estado de Pernambuco pagava para a Odebrecht um valor mensal 1.415% maior do que o previsto originalmente em contrato para a construtora administrar a Arena. O contrato original previa um repasse mensal do governo pernambucano a Odebrecht de R$ 330 mil por mês. Atualmente, porém, o Estado está pagando um valor médio mensal de R$ 5 milhões, que é 1.415% maior do que o valor previsto inicialmente. Para entender como se chegou à presente situação, é necessário analisar as cláusulas do contrato de PPP (parceria público-privada) firmado entre o governo de Pernambuco, do então governador Eduardo Campos (PSB), e a empreiteira Odebrecht. A empresa tem um contrato de 30 anos com o Governo de Pernambuco para administrar e lucrar com o equipamento.

Resposta da Odebrecht na época:

"Diferentemente da matéria publicada pelo portal Uol, a Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A não lucrou com os repasses realizados pelo Governo do Estado de Pernambuco e operou com prejuízo operacional de R$ 28,4 milhões, em 2013, resultado que deverá ser pior em 2014. A frustração da receita projetada deu-se, entre outros fatores, pela falta do pleno acesso à Arena com transporte público e a não concretização das 60 melhores partidas dos três maiores clubes pernambucanos.

Os pagamentos do governo do Estado são destinados a pagar os custos e financiamentos da obra e tributos, além das despesas da operação.

Cabe lembrar que, a pedido do próprio Governo, a Arena foi entregue com 8 meses de antecedência ao prazo pactuado em contrato, o que exigiu uma força-tarefa tanto financeira como operacional por parte da empresa, possibilitando a realização da Copa das Confederações FIFA em 2013.

A Parceria Público-Privada (PPP) compreende a construção e gestão da Arena por um período de 30 anos e, após esse período, ela retornará para o Estado de Pernambuco, com estrutura moderna e em plenas condições de uso." 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Reprodução / CRVG

Reprodução




Victor Ferreira / EC Vitória

Reprodução

Reprodução/X

Reprodução/X

Divulgação

Ver mais Notícias