TCE afirma que Pedro Lino continua como relator do caso Fonte Nova

TCE afirma que Pedro Lino continua como relator do caso Fonte Nova

Imagem TCE afirma que Pedro Lino continua como relator do caso Fonte Nova

Por David Mendes - Redação Bocão News

Publicado em 28/08/2015, às 14h34

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O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) informou, nesta sexta-feira (28), que o conselheiro Antonio Honorato concordou em se afastar do julgamento da suspeição contra o conselheiro Pedro Lino, processo interposto pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Lino indicou ter ocorrido supostas distorções no contrato firmado entre o governo baiano e a Fonte Nova Participações. Já o governo do Estado acusa o membro da Corte de Contas de ter antecipado o seu juízo. O próprio governador Rui Costa afirmou que o conselheiro tinha uma opinião "política" e "preconceituosa" sobre a legalidade do contrato firmado em 2010 entre o governado do estado e o consórcio.

Lino propôs a suspeição dos repasses anuais de R$ 99 milhões para a FNP e que esse valor fosse reduzido para R$ 82 milhões como recomendou a Controladoria Geral da União (CGU) e professores da Faculdade de Economia e Ciências Contábeis da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Para julgar o processo contra Lino, o TCE escalou Antônio Honorato, mais Pedro Lino solicitou a suspeição porque o colega era seu "inimigo" e tinha "laços familiar" com o Caio Druso, procurador do Estado que acompanha o processo. “Na verdade, o que ocorreu foi que, ao não aceitar ser considerado impedido, o conselheiro Pedro Lino arguiu a suspeição do conselheiro Antonio Honorato pedindo seu impedimento para participar do julgamento sobre o incidente levantado pela representação da PGE. Mesmo discordando do pedido de suspeição, mas alegando querer dar celeridade ao processo de julgamento do contrato da PPP, o conselheiro Antonio Honorato concordou em se afastar da bancada quando o julgamento da suspeição do conselheiro Pedro Lino for realizado.

O TCE informou ainda que ainda não foi a julgamento o processo sobre a interposição do pedido de impedimento contra Pedro Lino. “O conselheiro continua a ser o relator do Processo que trata do Contrato de Parceria Público Privada (PPP) na Modalidade Concessão Administrativa para Reconstrução e Exploração do Estádio da Fonte Nova, e, em consequência, não houve qualquer sorteio por meio do qual a relatoria teria sido passada para o conselheiro Antonio Honorato”.

A Oposição criticou os ataques do governador contra o conselheiro Pedro Lino. “Diante de tanta dificuldade financeira, já admitida pelo seu secretário da Fazenda, por que o governador Rui Costa não aceita o proposto pelo conselheiro Pedro Lino", indagou o vice-presidente do Democratas na Bahia, Heraldo Rocha. “Em vez de ficar grato ao espírito público do conselheiro Pedro Lino, o governador prefere atacá-lo e, acusando-lhe de suspeição, tenta arbitrariamente afastá-lo do julgamento deste estranho contrato”, condenou o Democrata.

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