Delator De Nuzman Defende Que COI Faça Intervenção No Comitê Olímpico Do Brasil

Delator De Nuzman Defende Que COI Faça Intervenção No Comitê Olímpico Do Brasil

Imagem Delator De Nuzman Defende Que COI Faça Intervenção No Comitê Olímpico Do Brasil

Por Redação Bocão News / Foto: Folhapress

Publicado em 07/09/2017, às 12h55

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Eric Maleson, 50, dirigiu a CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo) e participou dos Jogos Olímpicos de Inverno como atleta do bobsled, mas seu papel no esporte nacional ganhou um novo capítulo na terça (5). O carioca tornou-se delator de um suposto esquema de compra de votos que teria eleito o Rio como sede dos Jogos de 2016 e foi exposto em operação da Polícia Federal.

O presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, é alvo dela. Maleson se propôs a depor a investigadores franceses. Agora, ele quer que as apurações e desdobramentos continuem. Desafeto de Nuzman, ele enviou comunicados ao COI (Comitê Olímpico Internacional) pedindo que faça uma intervenção no COB.

"Não tenho dúvida de que o COI terá de intervir ou então solicitar uma mudança drástica dentro do COB. O COI tem obrigação de intervir quando há indícios como os que foram revelados na operação da PF", afirmou. Na terça, o COI se pronunciou após a operação da Polícia Federal. A entidade disse ter "total interesse" no esclarecimento desse assunto. Maleson afirmou que ainda mantém a cooperação com as autoridades francesas.
"Mas eu não tenho autorização para fazer comentários. O que é importante é que o passo crucial foi dado. Essa é a oportunidade única de limpar o COB", observou.

Foi ele que passou às autoridades a informação de que Nuzman tinha um passaporte russo, o que foi confirmado na busca e apreensão feita por policiais nesta terça (5). Como presidente de confederação, Maleson participou de assembleias do COB e esteve próximo da cúpula da entidade. Após os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, no entanto, a relação com Nuzman se esgarçou. Ele foi o único a declarar voto contrário na eleição de Nuzman para a presidência do COB em 2012. Também acusou o rival de ordenar uma invasão à sede da CBDG antes do referido pleito, o que o COB e Nuzman negaram.

Hoje afastado do cenário esportivo nacional, Maleson mantém discurso de ataque. Critica o processo eleitoral e a falta de transparência nas contas do comitê nacional. "Nuzman fez do COB uma agência de organização de megaeventos. O comitê perdeu o papel de entidade sem fins lucrativos e de massificação no esporte e se transformou em realizador de eventos. Nuzman passou a tratar o COB como balcão de negócios."


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