Reino dos empresários: senador aponta interesses pessoais em contratações do Vitória

Torcedor fervoroso e sócio benemérito do Vitória, o senador Otto Alencar apontou diversos erros na atual gestão do clube. Em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole FM, na manhã desta sexta-feira (09), Otto lamentou o critério utilizado na  contratação de atletas, os quais estão sendo aceitos pelo presidente Ivã de Almeida.    “Desde o inicio eu alertei ao Paulo e Agenor Gordilho, que são meus amigos. Está sendo praticada a mesma filosofia de antes, de trazer jogadores acabados para o futebol do sul. Para você ter ideia, o Vitória contratou três jogadores com mais de 30 anos, nenhum deles joga. O Dátolo foi devolvido, o Piscu não joga e o Cleiton Xavier, qualquer amador do Vitória sub-20 joga o que ele joga. Então, contrataram errado”, disse. Preocupado com a situação da equipe, que caminha a passos largos para Série B, o senador disse que o título baiano foi um acaso. Além disso, apontou possíveis interesses pessoais na contratação dos jogadores. Empresários estariam decidindo que joga ou não no Vitória.    “Ganhou o campeonato na sorte, porque o Bahia jogou mais que o Vitória. Me responda Zé Eduardo o que esse lateral-esquerdo joga mais que o Euller ? Foi trazido por empresários. Joel lá do Paraná, me ofereceu o Tomas e o Jefferson de graça para o Vitória, eu indiquei na época, não aceitaram. Pois bem, todos dois são titulares do Coritiba. Não quiseram porque não

tinha empresário no meio, essa que é a realidade. Trouxeram os jogadores do internacional que derrubaram o clube para Série B. O Alan Costa e o Geferson. Não há como eu não ter a conclusão que teve  interesses subalternos para trazer esses dois, com vantagens pessoais para quem quer que seja. Agora querem consertar um erro que é muito grande, esse acerto agora vai ser muito difícil. Nos dois últimos jogos do Vitória os jogadores entregaram. No do Fluminense o Thallyson entregou, depois  o Alan Costa entregou. Ontem foi o meio campo que entregou. até que  jogou mais ou menos, mas entregou o jogo porque o time está abalado psicologicamente. Quando a diretoria é claudicante, o time todo percebe e sente isso. Essa é a realidade do Vitória, finalizou.    O Galáticos Online tentou contato com o presidente Ivã de Almeida, mas não obteve êxito.